MCTI e Ministério do Meio Ambiente dialogam para identificar complementaridades de trabalho na área climática

Iniciativas empreendidas no âmbito da ciência e tecnologia, como Sinapse, AdaptaBrasil e RedeClima, produzem informações baseadas em evidências para subsidiar políticas públicas
Reunião entre o MCTI e o Ministério do Meio Ambiente
Foto: Raul Vasconcelos/ Divulgação MCTI

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMAMC), reuniram-se nesta segunda-feira (10) para dialogar sobre as complementaridades de trabalho na área climática. As secretárias de Políticas e Programas Estratégicos, Marcia Barbosa, e Nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, e suas equipes técnicas abordaram assuntos como a interlocução com a comunidade científica, produção de dados baseados em evidências que subsidiam políticas públicas, cenários com projeções de redução de emissões de carbono, adaptação à mudança do clima, entre outros.

“Nossa missão é prospectar fronteiras para produzir conhecimento. Aqui temos forte interlocução com a área acadêmica e podemos desenvolver novos instrumentos para a produção de conhecimento”, explicou a secretária Marcia Barbosa.

Para avançar na fronteira do conhecimento, o MCTI conta com o apoio da Rede Clima (Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais), que reúne cerca de 150 cientistas e tem como finalidade impulsionar a geração de conhecimento e o avanço científico e tecnológico na área de mudança do clima. Os pesquisadores estão organizados em 17 sub-redes. “Essa rede tem sido essencial para o trabalho”, comentou a secretária.

As iniciativas desenvolvidas e coordenadas pelo MCTI, como a plataforma AdaptaBrasil, que apresenta  informações sobre risco climático para todos os municípios brasileiros, e o Simulador Nacional de Políticas Setoriais e Emissões (Sinapse), responsável por projetar cenários de mitigação de gases de efeito estufa de acordo com 50 políticas nacionais, são ferramentas relevantes para os gestores de outras pastas ministeriais. O Sinapse permite monitorar a implementação dos planos setoriais e as políticas para mitigação e, dependendo da política, a ferramenta também calcula custos, redução de CO2 e mortes evitáveis.

Para oceano, o MCTI também coordena as ações da Década do Oceano no Brasil e criou no ano passado a rede de especialistas Oceano sem Plástico que assessora a pasta ministerial sobre as prioridades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“As nossas ações são consolidadas e o que garantiu a continuidade foi o respaldo da comunidade científica. A ciência é mais resiliente”, comentou Marcia sobre a continuidade de execução das ações, que são de Estado,  independentemente de governo.

Ana Toni descreveu as atribuições e competências da secretaria que gerencia, como a revisão da Política Nacional sobre Mudança do Clima e o Plano Nacional de Adaptação, além de ter retomado a agenda de oceanos e zonas costeiras próxima ao setor de mudanças climáticas. O MMA também exerce a secretaria-executiva do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) e está delineando como deverá ser a proposta da Autoridade Nacional Climática. “Teremos muita interface com o MCTI”, afirmou Ana durante a reunião.

 

Fonte: MCTI