Perguntas Frequentes

Quando e por que o AdaptaBrasil MCTI foi criado?

As primeiras ideias sobre a plataforma surgiram em 2011, no âmbito do MCTI. Entendendo que a mudança do clima tem causado impactos importantes em diversos setores estratégicos e que esses impactos deveriam ser considerados no planejamento de ações de adaptação à mudança do clima, o ministério promoveu reuniões entre acadêmicos ligados ao tema. Essas reuniões tinham como propósito discutir o que poderia ser feito para identificar, observar e monitorar tais impactos. Por se tratar de uma temática complexa, foram necessários alguns anos para o amadurecimento do modelo conceitual da plataforma. Foi em 2018 que modelo conceitual começou a sair do papel, a partir da parceria firmada entre o MCTI, o INPE e a RNP.

Por que nem todos os indicadores estão disponíveis para 2030 e 2050?

Na versão atual do AdaptaBrasil MCTI, as projeções futuras foram elaboradas apenas utilizando os indicadores climáticos. Assim, os índices de impacto e os índices de ameaça climática possuem informações para o futuro, enquanto que os índices de vulnerabilidade e exposição estão disponíveis apenas para o tempo presente. Desta forma, as análises devem ser realizadas sob a seguinte premissa: Havendo ameaças climáticas futuras, qual seria o impacto destas sob as circunstâncias sociais, econômicas e ecológicas atuais. Este formato favorece que tomadores de decisão possam observar aspectos de adaptação e exposição atuais para evitar ameaças climáticas futuras. Pretendemos trabalhar com cenários sociais, econômicos e de uso da terra nas futuras versões da plataforma.

Qual a diferença entre os cenários Otimista e Pessimista?

Os cenários futuros utilizados na plataforma são representações dos cenários de emissões dos gases de efeito estufa (GEE), tecnicamente chamado de RCPs (Representative Concentration Pathways) e utilizados amplamente pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, sigla em inglês). O cenário Otimista refere-se ao RCP4.5, sendo um dos cenários mais utilizados. Ele prevê um armazenamento de 4,5 W/m2 adicionais de energia e estabilização das emissões de GEE antes de 2100. Já, o RCP8.5 é um cenário pessimista, sendo caracterizado por um ritmo acelerado das emissões, sem previsão de estabilização. Este cenário prevê um armazenamento adicional de energia de 8,5 W/m2.

Como os indicadores dos municípios são agregados no nível estadual?

O nível mais baixo de agregação dos indicadores do AdaptaBrasil é o municipal. Nos níveis mais agregados, são computadas médias simples dos indicadores que compões um determinado estado, região geopolítica, ou região estratégica. Por exemplo, um indicador para o Mato Grosso é computado através da média de todos os seus 141 municípios.

Qual o significado das classes de risco Muito Baixo, Baixo, Médio, Alto e Muito Alto?

Os intervalos de risco de impacto apresentados referem-se às magnitudes de possíveis impactos. Um município com risco alto tem mais chance de ocorrência de impactos climático de maior magnitude do que um município que tenha um risco baixo, em que a maior chance é para impactos de menor magnitude. Estes intervalos não estão relacionados à quantificação de possíveis perdas, sejam elas sociais, econômicas ou naturais.

O AdaptaBrasil MCTI irá desenvolver indicadores para outros setores estratégicos? Quais?

Pretendemos desenvolver indicadores para todos os setores estratégicos do Plano Nacional de Adaptação (PNA), em parceria com diferentes instituições nacionais.

Os dados brutos usados para produzir os indicadores estão disponíveis na plataforma?

Atualmente os dados brutos não estão disponíveis. A documentação de cada indicador possui a fonte de dados usada. Os indicadores das dimensões de vulnerabilidade e exposição geralmente foram construídos a partir de dados de fontes secundárias oficiais. Em relação aos dados climáticos, parte destes podem ser obtidos através do portal de projeções climáticas (pclima.inpe.br), selecionando os modelos, cenários e séries temporais. Estamos trabalhando para uma melhor disponibilização dos dados brutos de fontes primárias, produzidos pelo INPE.

Existe interface de programação para baixar os indicadores automaticamente?

Sim. O AdaptaBrasil MCTI trabalha com microserviços que retornam arquivos JSON. Existe um projeto no GitHub com um script e informações sobre como baixar os dados usando Python.